Amigos,
Amanhã é feriado, Dia da Consciência Negra.
A maioria das pessoas ao meu redor sequer sabem ao que é atribuído o feriado, e os outros que sabem, desconhecem a história de Zumbi dos Palmares.
Fica então meus recados a todos vocês:
1 - Em homenagem ao Dia da Consciência Negra, de quinta a domingo desta semana, o Beco do Barão estará expondo um varal de versos organizado por mim, com textos de vários escritores brasileiros, com a temática abordada. O objetivo é que os textos expostos nos levem a uma verdadeira reflexão sobre a nossa própria consciência de igualdade, em qualquer nivel, e do quanto estamos praticando esta igualdade no cotidiano.
2 - Enfim, abaixo segue trechos de um texto meu, que fiz para uma intervenção teatral, que traz em versos e canções, a história do Lider Zumbi. A idéia é que amanhã, quando acordarmos para seguir a rotina própria dos feriados, com preguiça e lentidão nos atos, saibamos porque estamos em casa: é porque durante muito tempo, e isso ainda existe, muitos trabalharam exaustivamente sem dignidade e sem remuneração.
De minha autoria:
ZUMBI DOS PALMARES, DUENDE DA LIBERDADE
Zumbi nasceu livre, em reino formado de escravos fugidos de um destino cruel: servir a uma lida sem paga, a fazendeiros de posses num convívio feito de diferenças e de dor.
Palmares... Mais de 30 mil escravos escapos faziam deste quilombo o seu reino livre. Localizado onde antes era o interior da Bahia, hoje Alagoas. Uma república? Talvez.
Duende da Liberdade
Zumbi dos Palmares
Menino com rosto pesado
Corpo suado
Correndo livre,
Não quer nunca ser escravo.
Não nasceu pra ser escravo...
NINGUEM NASCEU PRA SER ESCRAVO!
Naquele tempo era assim: A liberdade dos homens se determinava pela sua tez.
Nasceu negro, o destino só se definia uma vez.
SÓ PODIA SER ESCRAVO! SÓ PODIA SER ESCRAVO!
Na lida de sol a sol
Se ocaso, se arrebol
SÓ PODIA SER ESCRAVO!
Seja velho ou menino
Homem, mulher: um destino
SÓ PODIA SER ESCRAVO!
Se artista, se operário
Mesmo um grande visionário.
Fosse negro
SÓ PODIA SER ESCRAVO!
Zumbi aos seis anos foi capturado
Entregue a um missionário português,
Foi batizado Francisco.
Recebeu sacramento, ajudava na missa,
aprendeu português e latim.
O menino Zumbi, por anos ficou nesta vida de branco...
Ficou sendo Francisco, e o tempo passando,
até que um dia...
Na primeira chance, ele fugiu.
Aos 15 anos voltou ao local de origem: Palmares!
Heróico, corajoso, astuto... vinte e poucos anos... soma da coragem deste negro guerreiro de sangue vermelho.. que o sangue é do mesmo vermelho em corpos de qualquer cor.
Nosso sangue é vermelho!
E mesmo quando Ganga Zumba, líder então de Palmares, se rendeu ao pedido de paz da Capitania, que ofertava a liberdade para todos os escravos fugidos e refugiados em seu quilombo, em troca da submissão à Coroa Portuguesa, Zumbi não se rendeu.
Todo negro é irmão
Todo homem é irmão
Não importa que seu endereço
seja o Quilombo dos Palmares,
Em todos os lugares
São filhos da mesma nação.
Todo homem nasceu pra ser livre
Ter a mesma condição.
Liberdade para Palmares
E escravidão para os negros que habitam outros lugares?
Não! Não!
E assim Zumbi desafiou a liderança de Ganga Zumba, tornando-se líder do Quilombo. 15 anos de paz.
Mas a paz acabou, a invasão se deu, Zumbi ferido ficou.
Sobreviveu ao ataque do quilombo, mas não sobreviveu à traição.
Foi encontrado, apunhalado.
Morto por 20 guerreiros, num dia como esse: 20 de novembro de 1695.
Teve a cabeça cortada, exposta em praça pública.
O líder Zumbi NÃO NASCEU PRA SER ESCRAVO.
"Consciência é caráter".
Amanhã é feriado, Dia da Consciência Negra.
A maioria das pessoas ao meu redor sequer sabem ao que é atribuído o feriado, e os outros que sabem, desconhecem a história de Zumbi dos Palmares.
Fica então meus recados a todos vocês:
1 - Em homenagem ao Dia da Consciência Negra, de quinta a domingo desta semana, o Beco do Barão estará expondo um varal de versos organizado por mim, com textos de vários escritores brasileiros, com a temática abordada. O objetivo é que os textos expostos nos levem a uma verdadeira reflexão sobre a nossa própria consciência de igualdade, em qualquer nivel, e do quanto estamos praticando esta igualdade no cotidiano.
2 - Enfim, abaixo segue trechos de um texto meu, que fiz para uma intervenção teatral, que traz em versos e canções, a história do Lider Zumbi. A idéia é que amanhã, quando acordarmos para seguir a rotina própria dos feriados, com preguiça e lentidão nos atos, saibamos porque estamos em casa: é porque durante muito tempo, e isso ainda existe, muitos trabalharam exaustivamente sem dignidade e sem remuneração.
De minha autoria:
ZUMBI DOS PALMARES, DUENDE DA LIBERDADE
Zumbi nasceu livre, em reino formado de escravos fugidos de um destino cruel: servir a uma lida sem paga, a fazendeiros de posses num convívio feito de diferenças e de dor.
Palmares... Mais de 30 mil escravos escapos faziam deste quilombo o seu reino livre. Localizado onde antes era o interior da Bahia, hoje Alagoas. Uma república? Talvez.
Duende da Liberdade
Zumbi dos Palmares
Menino com rosto pesado
Corpo suado
Correndo livre,
Não quer nunca ser escravo.
Não nasceu pra ser escravo...
NINGUEM NASCEU PRA SER ESCRAVO!
Naquele tempo era assim: A liberdade dos homens se determinava pela sua tez.
Nasceu negro, o destino só se definia uma vez.
SÓ PODIA SER ESCRAVO! SÓ PODIA SER ESCRAVO!
Na lida de sol a sol
Se ocaso, se arrebol
SÓ PODIA SER ESCRAVO!
Seja velho ou menino
Homem, mulher: um destino
SÓ PODIA SER ESCRAVO!
Se artista, se operário
Mesmo um grande visionário.
Fosse negro
SÓ PODIA SER ESCRAVO!
Zumbi aos seis anos foi capturado
Entregue a um missionário português,
Foi batizado Francisco.
Recebeu sacramento, ajudava na missa,
aprendeu português e latim.
O menino Zumbi, por anos ficou nesta vida de branco...
Ficou sendo Francisco, e o tempo passando,
até que um dia...
Na primeira chance, ele fugiu.
Aos 15 anos voltou ao local de origem: Palmares!
Heróico, corajoso, astuto... vinte e poucos anos... soma da coragem deste negro guerreiro de sangue vermelho.. que o sangue é do mesmo vermelho em corpos de qualquer cor.
Nosso sangue é vermelho!
E mesmo quando Ganga Zumba, líder então de Palmares, se rendeu ao pedido de paz da Capitania, que ofertava a liberdade para todos os escravos fugidos e refugiados em seu quilombo, em troca da submissão à Coroa Portuguesa, Zumbi não se rendeu.
Todo negro é irmão
Todo homem é irmão
Não importa que seu endereço
seja o Quilombo dos Palmares,
Em todos os lugares
São filhos da mesma nação.
Todo homem nasceu pra ser livre
Ter a mesma condição.
Liberdade para Palmares
E escravidão para os negros que habitam outros lugares?
Não! Não!
E assim Zumbi desafiou a liderança de Ganga Zumba, tornando-se líder do Quilombo. 15 anos de paz.
Mas a paz acabou, a invasão se deu, Zumbi ferido ficou.
Sobreviveu ao ataque do quilombo, mas não sobreviveu à traição.
Foi encontrado, apunhalado.
Morto por 20 guerreiros, num dia como esse: 20 de novembro de 1695.
Teve a cabeça cortada, exposta em praça pública.
O líder Zumbi NÃO NASCEU PRA SER ESCRAVO.
"Consciência é caráter".
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